quinta-feira, 21 de junho de 2012

-Versos Íntimos (poema) de Augusto dos Anjos




Augusto dos Anjos


Versos Íntimos
Augusto dos Anjos

Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão - esta pantera -
Foi tua companheira inseparável!
Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.
Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.
Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!

Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos nasceu no Engenho Pau d'Arco, Paraíba, no dia 20 de abril de 1884. Aprendeu com seu pai, bacharel, as primeiras letras. Fez o curso secundário no Liceu Paraibano, já sendo dado como doentio e nervoso por testemunhos da época. De uma família de proprietários de engenhos, assiste, nos primeiros anos do século XX, à decadência da antiga estrutura latifundiária, substituída pelas grandes usinas. Em 1903, matricula-se na Faculdade de Direito do Recife, formando-se em 1907. Ali teve contato com o trabalho "A Poesia Científica", do professor Martins Junior. Formado em direito, não advogou; vivia de ensinar português. Casou-se, em 04 de julho de 1910, com Ester Fialho. Nesse ano, em conseqüência de desentendimento com o governador, é afastado do cargo de professor do Liceu Paraibano. Muda-se para o Rio de Janeiro e dedica-se ao magistério. Lecionou geografia na Escola Normal, depois Instituto de Educação, e no Ginásio Nacional, depois Colégio Pedro II, sem conseguir ser efetivado como professor. Em 1911, morre prematuramente seu primeiro filho. Em fins de 1913 mudou-se para Leopoldina MG, onde assumiu a direção do grupo escolar e continuou a dar aulas particulares. Seu único livro, "Eu", foi publicado em 1912. Surgido em momento de transição, pouco antes da virada modernista de 1922, é bem representativo do espírito sincrético que prevalecia na época, parnasianismo por alguns aspectos e simbolista por outros. Praticamente ignorado a princípio, quer pelo público, quer pela crítica, esse livro que canta a degenerescência da carne e os limites do humano só alcançou novas edições graças ao empenho de Órris Soares (1884-1964), amigo e biógrafo do autor.
Cético em relação às possibilidades do amor ("Não sou capaz de amar mulher alguma, / Nem há mulher talvez capaz de amar-me"), Augusto dos Anjos fez da obsessão com o próprio "eu" o centro do seu pensamento. Não raro, o amor se converte em ódio, as coisas despertam nojo e tudo é egoísmo e angústia em seu livro patético ("Ai! Um urubu pousou na minha sorte"). A vida e suas facetas, para o poeta que aspira à morte e à anulação de sua pessoa, reduzem-se a combinações de elementos químicos, forças obscuras, fatalidades de leis físicas e biológicas, decomposições de moléculas. Tal materialismo, longe de aplacar sua angústia, sedimentou-lhe o amargo pessimismo ("Tome, doutor, essa tesoura e corte / Minha singularíssima pessoa"). Ao asco de volúpia e à inapetência para o prazer contrapõe-se porém um veemente desejo de conhecer outros mundos, outras plagas, onde a força dos instintos não cerceie os vôos da alma ("Quero, arrancado das prisões carnais, / Viver na luz dos astros imortais").
A métrica rígida, a cadência musical, as aliterações e rimas preciosas dos versos fundiram-se ao esdrúxulo vocabulário extraído da área científica para fazer do "Eu" — desde 1919 constantemente reeditado como "Eu e outras poesias" — um livro que sobrevive, antes de tudo, pelo rigor da forma. Com o tempo, Augusto dos Anjos tornou-se um dos poetas mais lidos do país, sobrevivendo às mutações da cultura e a seus diversos modismos como um fenômeno incomum de aceitação popular. Vitimado pela pneumonia aos trinta anos de idade, morreu em Leopoldina em 12 de novembro de 1914.


Por Jonajhan Nº 25




- Estrela da Manhã (poema), de Manuel Bandeira


Estrela da Manhã 


Estrela da manhã
, de Manuel Bandeira, é um poema representativo da literatura contemporânea. Avulta o tom erótico, denso e sugestivo, expondo um Bandeira viril e carnal. A mulher inatingível, difícil, até mesmo decadente, preenche, com seu corpo, a imaginação do poeta.

A visão desses dois mundos - o ideal, do sonho, onde habita o que está por ser atingido, e o material, da realidade das ruas - transparece liricamente neste poema.

Estrela da Manhã é um dos mais expressivos poemas lírico-amoroso de todo o Modernismo. Observe a celebração da mulher amada, evocada na metáfora "estrela"; a enumeração caótica das imagens, o desconcerto amoroso. Na quinta e sexta estrofes, observe uma espécie de ladainha para celebrar a amada, para fazer uma invocação (na verdade, é uma paródia da ladainha para a Virgem Maria, que acompanhava a reza do terço: consoladora dos aflitos / rogai por nós etc). Observe a intensidade - até o delírio - da confissão amorosa nas duas últimas estrofes. 

Ao final da leitura deste poema, não sabemos com absoluta convicção o que essa estrela simboliza. Uma mulher experiente que o poeta deseja? Uma prostituta? A própria vida a que Bandeira pela doença foi obrigado a abdicar?

Estrela da Manhã

Eu queria a estrela da manhã
Onde está a estrela da manhã?
Meus amigos meus inimigos
Procurem a estrela da manhã

Ela desapareceu ia nua
Desapareceu com quem?
Procurem por toda à parte

Digam que sou um homem sem orgulho
Um homem que aceita tudo
Que me importa?
Eu quero a estrela da manhã

Três dias e três noite
Fui assassino e suicida
Ladrão, pulha, falsário

Virgem mal-sexuada
Atribuladora dos aflitos
Girafa de duas cabeças
Pecai por todos pecai com todos

Pecai com malandros
Pecai com sargentos
Pecai com fuzileiros navais
Pecai de todas as maneiras
Com os gregos e com os troianos
Com o padre e o sacristão
Com o leproso de Pouso Alto
Depois comigo

Te esperarei com mafuás novenas cavalhadas
      [comerei terra e direi coisas de uma ternura tão simples
Que tu desfalecerás

Procurem por toda à parte
Pura ou degradada até a última baixeza
Eu quero a estrela da manhã.







Por Jonajhan Nº 25




http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/livros/resumos_comentarios/e/estrela_da_manha_poema

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Biografia de Lygia Fagundes





Nome:
Lygia Fagundes Telles
Nascimento:
19/04/1923
Natural:
São Paulo - SP
Lygia Fagundes Telles

(...) "Com a ponta da língua pude sentir a semente apontando
sob a polpa. Varei-a. O sumo ácido inundou-me a boca. Cuspi
a semente: assim  queria escrever, indo ao âmago do âmago
até atingir a semente resguardada lá no fundo como um feto".
(Verde lagarto amarelo)


Quarta filha do casal Durval de Azevedo Fagundes e Maria do Rosário Silva Jardim de Moura, nasce na capital paulista, em 19 de abril de 1923, Lygia de Azevedo Fagundes, na rua Barão de Tatuí. Seu pai, advogado, exerceu os cargos de delegado e promotor público em diversas cidades do interior paulista (Sertãozinho, Apiaí, Descalvado, Areias e Itatinga), razão porque a escritora passa seus primeiros anos da infância mudando-se constantemente. Acostuma-se a ouvir histórias contadas pelas pajens e por outras crianças. Em pouco tempo, começa a criar seus próprios contos e, em 1931, já alfabetizada, escreve nas últimas páginas de seus cadernos escolares as histórias que irá contar nas rodas domésticas. Como ocorreu com todos nós, as primeiras narrativas que ouviu falavam de temas aterrorizantes, com mulas-sem-cabeça, lobisomens e tempestades.
Seu pai gostava de freqüentar casas de jogos, levando Lygia consigo "para dar sorte". Diz a escritora: "Na roleta, gostava de jogar no verde. Eu, que jogo na palavra, sempre preferi o verde, ele está em toda a minha ficção. É a cor da esperança, que aprendi com meu pai."
Em 1936 seus pais se separam, mas não se desquitam.
Porão e sobrado é o primeiro livro de contos publicado pela autora, em 138, com a edição paga por seu pai. Assina apenas como Lygia Fagundes.
No ano seguinte termina o curso fundamental no Instituto de Educação Caetano de Campos, na capital paulista. Ingressa, em 1940, na Escola Superior de Educação Física, naquela cidade. Ao mesmo tempo, freqüenta o curso pré-jurídico, preparatório para a Faculdade de Direito do Largo do São Francisco.
Inicia o curso de Direito em 1941, freqüentando as rodas literárias que se reuniam em restaurantes, cafés e livrarias próximas à faculdade. Ali conhece Mário e Oswald de Andrade, Paulo Emílio Sales Gomes, entre outros, e integra a Academia de Letras da Faculdade e colabora com os jornais Arcádia A Balança. Para se sustentar, trabalha como assistente do Departamento Agrícola do Estado de São Paulo. Nesse ano conclui o curso de Educação Física.
Praia viva, sua segunda coletânea de contos, é editada em 1944 pela Martins, de São Paulo. O ano de 1945 marca o ano de falecimento de seu pai. Atenta aos acontecimentos políticos, Lygia participa, com colegas da Faculdade, de uma passeata contra o Estado Novo.
Terminado o curso de Direito, em 1946, só três anos depois a escritora publica, pela editora Mérito, seu terceiro livro de contos, O cacto vermelho. O volume recebe o Prêmio Afonso Arinos, da Academia Brasileira de Letras.
Casa-se com o jurista Goffredo da Silva Telles Jr., seu professor na Faculdade de Direito que, na ocasião,1950, era deputado federal. Muda-se, em virtude desse fato, para o Rio de Janeiro, onde funcionava a Câmara Federal.
Com seu retorno à capital paulista, em 1952, começa a escrever seu primeiro romance, Ciranda de pedra. Na fazenda Santo Antônio, em Araras - SP, de propriedade da avó de seu marido, para onde viaja constantemente, escreve várias partes desse romance. Essa fazenda ficou famosa na década de 20, pois lá reuniam-se os escritores e artistas que participaram do movimento modernista, tais como Mário e Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral, Anita Mafaldi e Heitor Villa-Lobos.
Maria do Rosário, sua mãe, falece em 1953 e, no ano seguinte, nasce seu único filho, Goffredo da Silva Telles Neto. As Edições O Cruzeiro, do Rio de Janeiro, lançam Ciranda de pedra.
Seu livro de contos, Histórias do desencontro, é publicado pela editora José Olympio, do Rio de Janeiro, e é premiado pelo Instituto Nacional do Livro, em 1958.
Em 1960 separa-se de seu marido Goffredo e, no ano seguinte, começa a trabalhar como procuradora do Instituto de Previdência do Estado de São Paulo.
Dois anos depois lança, pela editora Martins, de São Paulo, seu segundo romance, Verão no aquário. Passa a viver com Paulo Emílio Salles Gomes e começa a escrever o romance As meninas, inspirado no momento político por que passa o país.
Em 1964 e 1965 são publicados seus livros de contos Histórias escolhidas eO jardim selvagem, respectivamente, pela editora Martins.
A convite do cineasta Paulo César Sarraceni e em parceria com Paulo Emílio Salles Gomes, em 1967, faz a adaptação para o cinema do romance D. Casmurro, de Machado de Assis. Esse trabalho foi publicado, em 1993, pela editora Siciliano, de São Paulo, sob o título de Capitu.
Seu livro de contos Antes do baile, publicado pela Bloch, do Rio de Janeiro, em 1970, recebe o Grande Prêmio Internacional Feminino para Estrangeiros, na França.
O lançamento, em 1973, pela José Olympio, de seu terceiro romance, As meninas, é um sucesso. A escritora arrebata todos os prêmios literários de importância no país: o Coelho Neto, da Academia Brasileira de Letras, o Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro e o de "Ficção" da Associação Paulista de Críticos de Arte.
Seminário de ratos, contos, é publicado em 1977 pela José Olympio e recebe o prêmio da categoria Pen Club do Brasil. Nesse ano participa da coletâneaMissa do Galo: variações sobre o mesmo tema, livro organizado por Osman Lins a partir do conto clássico de Machado de Assis. Integra o corpo de jurados do Concurso Unibanco de Literatura, ao lado dos escritores e críticos literários Otto Lara Resende, Ignácio de Loyola Brandão, João Antônio, Antônio Houaiss e Geraldo Galvão Ferraz.
Em setembro desse ano, falece Paulo Emílio Salles Gomes. A escritora assume, face ao ocorrido, a presidência da Cinemateca Brasileira, que Paulo Emílio ajudara a fundar.
Em 1978 a editora Cultura, de São Paulo, lança Filhos pródigos. Essa coletânea de contos seria republicada a partir de 1991 sob o título A estrutura da bolha de sabão. A TV Globo leva ao ar um Caso Especialbaseado no conto  "O jardim selvagem".
Sua editora no período de 1980 até 1997, a Nova Fronteira, do Rio de Janeiro publica A disciplina do amor. No ano seguinte lança Mistérios, uma coletânea de contos fantásticos. A TV Globo transmite a telenovela Ciranda de pedra, adaptada de seu romance.
Em 1982 é eleita para a cadeira 28 da Academia Paulista de Letras e, em 1985, por 32 votos a 7, é eleita, em 24 de outubro, para ocupar a cadeira 16 da Academia Brasileira de Letras, fundada por Gregório de Mattos, na vaga deixada por Pedro Calmon. Sua posse só ocorre em 12 de maio de 1987. Ainda em 1985 é agraciada com a medalha da Ordem do Rio Branco.
1989 é o ano de lançamento de seu romance As horas nuas. Recebe a Comenda Portuguesa Dom Infante Santo. Em 1990 seu filho, Goffredo Neto, realiza o documentário Narrarte, sobre a vida e a obra da mãe. Em 1991 aposenta-se como funcionária pública.
A Rede Globo de Televisão apresenta, em 1993, dentro da série Retratos de mulher, a adaptação da própria escritora do seu conto "O moço do saxofone", que faz parte do livro Antes do baile verde, num episódio denominado "Era uma vez Valdete".
Participa da Feira o Livro de Frankfurt, na Alemanha, em 1994, e lança, no ano seguinte, um novo livro de contos, A noite escura e mais eu, que ganhou os prêmios de Melhor livro de contos, concedido pela Biblioteca Nacional; Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro e Prêmio APLUB de Literatura.
Em 1996 estréia o filme As meninas, de Emiliano Ribeiro, baseado em romance homônimo de Lygia. Em 1997 participa da série O escritor por ele mesmo, do Instituto Moreira Salles. A editora Rocco adquire os direitos de publicação de toda a obra passada e futura da escritora.
Em 1998, a convite do governo francês, participa do Salão do Livro da França.
Seu livro Invenção e Memória foi agraciado com o Prêmio Jabuti, na categoria ficção, em 2001. Recebe, também, o "Golfinho de Ouro" e o Grande Prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Arte.
Agraciada, em março de 2001, com o título de Doutora Honoris Causa pela Universidade de Brasília (UnB).

Em 2005, recebe o Prêmio Camões, o mais importante da literatura em língua portuguesa.
OBRAS DA AUTORA
Individuais
Contos:
Porão e sobrado, 1938
Praia viva, 1944
O cacto vermelho, 1949
Histórias do desencontro, 1958
Histórias escolhidas, 1964
O jardim selvagem, 1965
Antes do baile verde, 1970
Seminário dos ratos, 1977
Filhos pródigos, 1978 (reeditado como A estrutura da bolha de sabão, 1991)
A disciplina do amor, 1980
Mistérios, 1981
A noite escura e mais eu, 1995
Venha ver o por do sol
Oito contos de amor
Invenção e Memória, 2000 (Prêmio Jabuti)
Durante aquele estranho chá: perdidos e achados, 2002
Meus contos preferidos, 2004
Histórias de mistério, 2004
Meus contos esquecidos, 2005

Romances:
Ciranda de pedra, 1954
Verão no aquário, 1963
As meninas, 1973
As horas nuas, 1989
Antologias:
Seleta, 1971 (organização, estudos e notas de Nelly Novaes Coelho)

Lygia Fagundes Telles, 1980 (organização de Leonardo Monteiro)

Os melhores contos de Lygia F. Telles, 1984 (seleção de Eduardo Portella)

Venha ver o pôr-do-sol, 1988 (seleção dos editores - Ática)

A confissão de Leontina e fragmentos, 1996 (seleção de Maura Sardinha)

Oito contos de amor, 1997 (seleção de Pedro Paulo de Sena Madureira)

Pomba enamorada, 1999 (seleção de Léa Masima).
Participações em coletâneas:
Gaby, 1964 (novela - in Os sete pecados capitais - Civilização Brasileira)

Trilogia da confissão, 1968 (Verde lagarto amarelo, Apenas um saxofone e Helga - in Os 18 melhores contos do Brasil - Bloch Editores)

Missa do galo, 1977 (in Missa do galo: variações sobre o mesmo tema -Summus)

O muro, 1978 (in Lições de casa - exercícios de imaginação - Cultura)

As formigas, 1978 (in O conto da mulher brasileira - Vertente)

Pomba enamorada, 1979 (in O papel do amor - Cultura)

Negra jogada amarela, 1979 (conto infanto-juvenil - in Criança brinca, não brinca? - Cultura)

As cerejas, 1993 (in As cerejas - Atual)

A caçada, 1994 (in Contos brasileiros contemporâneos - Moderna)

A estrutura da bolha de sabão e As cerejas, s.d. (in O conto brasileiro contemporâneo - Cultrix)
Crônicas publicadas na imprensa:
Não vou ceder. Até quando?. O Estado de São Paulo - 06-01-92
Pindura com um anjo. Jornal da Tarde - 11-08-96
Traduções:
Para o alemão:

- Filhos pródigos, 1983
- As horas nuas, 1994
- Missa do galo, 1994

Para o espanhol:

- As meninas, 1973
- As horas nuas, 1991

Para o francês:

- Filhos pródigos, 1986
- Antes do baile verde, 1989
- As horas nuas, 1996
- W. M., 1991
- Invenção e Memória, 2003
Para o inglês:

- As meninas, 1982
- Seminário dos ratos, 1986
- Ciranda de pedra, 1986

Para o italiano:

- As pérolas, 1961
- As horas nuas, 1993
Para o polonês:

- A chave, 1977
- Ciranda de pedra, 1990 (traduzido também para o chinês e espanhol).
Para o sueco:
- As horas nuas, 1991
Para o tcheco:
- Antes do baile verde, s.d. (traduzido também para russo)
Edições em Portugal:
- Antes do baile verde, 1971
- A disciplina do amor, 1980
- A noite escura e mais eu, 1996
- As meninas, s.d.
Para o cinema:
- Capitu (roteiro); parceria com Paulo Emílio Salles Gomes, 1993 (Siciliano).

- As meninas (adaptação), 1996
Para o teatro:
As meninas, 1988 e 1998

Para a televisão:
- O jardim selvagem, 1978 (Caso especial - TV Globo)
- Ciranda de pedra, 1981 (Novela - TV Globo)
- Era uma vez Valdete, 1993 (Retratos de mulher - TV Globo)
PRÊMIOS:
Prêmio do Instituto Nacional do Livro (1958)
Prêmio Guimarães Rosa (1972)
Prêmio Coelho Neto, da Academia Brasileira de Letras (1973)
Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro (1980)
Prêmio Pedro Nava, de Melhor Livro do Ano (1989)
Melhor livro de contos, Biblioteca Nacional
Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro
Prêmio APLUB de Literatura
Prêmio Jabuti (Ficção) (2001)
Prêmio Camões (2005)


Por Luiz Nº __


quinta-feira, 14 de junho de 2012

- Prova Amanhã dia 15/06

Galera Estudar porque amanhã haverá provas ,e precisamos tirar nota boa! Favor Estudar :D

Prova de Química Amanhã 14/06





Prova de LPL Amanhã 14/06



Prova de  Física Amanhã 14/06



- Mensagens

"A vida só pode ser compreendida olhando-se para trás; mas só pode ser vivida olhando-se para a frente."



Por  Keila Juliana Nº 11




"Tolerância mútua é uma necessidade em todos os tempos e para todas as raças. Mas tolerância não significa aceitar o que se tolera."


Por Denise Nº 03







http://www.mensagenscomamor.com/frases_de_grandes_pensadores.htm

Johann Wolfgang von Goethe


Johann Wolfgang von Goethe


Karl Joseph Stieler - Reprodução
Goethe é o maior nome da literatura alemã, em todos os gêneros literários
Johann Wolfgang von Goethe é considerado como a maior personalidade da literatura alemã, seu maior poeta, grande também como dramaturgo, romancista e ensaísta; e são notáveis suas obras autobiográficas, seus estudos de ciências naturais e suas conversações, fielmente notadas, com amigos.

Pata toda essa obra polimorfa vale o que o próprio Goethe dizia das suas poesias: são "ocasionais", isto é, ligadas aos acontecimentos de sua vida e a experiências pessoais, de modo que não é possível separar as obras e a vida.

De família burguesa, culta e abastada, Goethe recebeu educação enciclopédica. Em 1765 matriculou-se na Universidade de Leipzig para estudar direito. Conheceu literatos e artistas, envolveu-se em aventuras amorosas e escreveu poesias anacreônticas, à moda da época.

Interrompidos os estudos por grave doença, matriculou-se em 1770 na Universidade de Strasbourg. Conheceu Herder, o grande crítico pré-romântico, que o iniciou na leitura de Shakespeare e lhe sugeriu passeios pelos campos da Alsácia, para colecionar canções populares.

Amores e escritos

A catedral gótica de Strasbourg encheu-o de entusiasmo pela Idade Média alemã, quando surgiu a primeira idéia de escrever o Fausto. Em 1772 apaixonou-se por Charlotte Buff, noiva de um amigo íntimo, conflito que o abateu profundamente. Procurando alívio no estudo do passado, escreveuGötz von Berlichingen, uma tragédia shakespeariana, glorificando a época das lutas do tempo da Reforma. A peça obteve estrondoso sucesso.

A forte paixão por Charlotte ainda renderia outra obra: Os sofrimentos do jovem Werther. Embora influenciado por A nova Heloísa, de Rousseau, Goethe criou uma obra totalmente original, de permanente atualidade psicológica, cheia de sentimentalismo pré-romântico, mas elevada a alturas trágicas pelo desfecho, o suicídio de Werther.

O romance obteve sucesso imenso e foi traduzido para todas as línguas. O jovem autor transformou-se em personalidade de fama internacional e foi convidado a fixar residência em Weimar, nomeado ministro do pequeno ducado, e recebeu título nobreza.

As relações de Goethe com Charlotte von Stein, sua nova amante, mulher altamente sofisticada, inspiraram-lhe nova série de poesias líricas. Mas não são eróticas. São grandes odes em versos livres, manifestações de um idealismo estético e moral. Ou, então, graves meditações em estilo hermético - e também pequenos poemas. São as mais belas poesias líricas da literatura alemã, mas dificilmente traduzíveis e por isso menos conhecidas no estrangeiro. Elas desmentem a tese de que Goethe teria sido mais ensaísta que poeta.

Romantismo e classicismo

Sentindo necessidade de sair do pré-romantismo, pela contemplação das obras de arte da Antiguidade clássica, Goethe viajou em 1786 para a Itália, onde ficou até 1788, principalmente em Roma. Seus estudos de arte o tornaram um classicista ortodoxo, à maneira de Winckelmann.

De volta a Weimar, Goethe publicou Fausto - um fragmento, terminando definitivamente a fase pré-romântica de sua vida. A tragédia Torquato Tasso, de 1790, resume suas experiências na corte: é a renúncia ao idealismo poético e a adoção de uma atitude realista ante as exigências da vida. Goethe torna-se realista.

Assume, então, a direção do teatro de Weimar, criando um repertório em que predomina Shakespeare. Dedica-se cada vez mais às ciências naturais, sobretudo à botânica e à óptica.

Revolução Francesa ameaçava destruir os fundamentos de sua existência aristocrática de esteta culto. Assistindo, em 1792, a primeira derrota dos exércitos monárquicos pelos revolucionários franceses, em Valmy, ele diagnostica com acerto a situação histórica, dizendo: "Daqui e hoje começa uma nova época da história universal".

Em 1794 começam as relações de amizade com Schiller. Lê as obras deKant. Aprofunda, filosoficamente, o seu classicismo. É desse período o romance Os anos de aprendizagem de Wilhelm Meister, um romance de formação de um jovem poeta que se torna realista amadurecido.

Em 1805 escreve, em prosa clássica, Winckelmann e seu século, espécie de manifesto do classicismo. Em 1808, publica a primeira parte do Fausto. Nessa versão definitiva, a obra começa com as meditações metafísicas de Fausto, que formam um dos mais profundos poemas filosóficos da literatura universal.

Goethe manteve, inicialmente boa relação com os românticos, principalmente com com August Wilhelm Schlegel e com Friedrich Schlegel. Mas não estava de acordo nem com as tendências cristianizantes nem com a preferência pela Idade Média em detrimento do classicismo pagão. Separando-se dos românticos, acentua seu relativo realismo.

Novos amores

Parece que acreditava terminada sua carreira literária, quando a paixão pela linda Marianne von Willemer lhe inspirou O divã ocidental-oriental, volume de poesias eróticas e filosóficas, cheias de paixão violenta e de anticristianismo decidido. São os poemas mais belos que Goethe escreveu.

A velhice de Goethe, que se havia transformado em ídolo literário do mundo, incondicionalmente idolatrado, pertence às tentativas de encontrar a continuação do Fausto e à elaboração do romance Anos de viagens de Wilhelm Meisters, publicado a partir de 1821, obra em que Goethe resume seu ideal de formação total da cultura do indivíduo, sonhando com uma utópica sociedade educativa para esse fim, a "província pedagógica".

São os anos em que Goethe conversava diariamente, sobre todos os assuntos possíveis, com seu secretário, Johann Peter Eckermann (1791-1854), que publicou em 1837 suas notas sob o título de Conversações com Goethe, obra da mais alta sabedoria, revelando também o interesse do poeta pelas novas tendências literárias e seu ideal de uma comunidade literária de todas as nações.

A calma desses últimos anos foi perturbada pela repentina paixão erótica do homem de 70 anos pela jovem Ulrike von Levetzow. A resignação inevitável produziu o comovente poema Elegia de Marienbad. Goethe dedicou o resto de sua vida à elaboração da segunda parte do Fausto, que foi concluída em 1830, mas publicada só depois da morte do poeta. 

Por Rudiério Nº 33

Arthur Schopenhauer


Arthur Schopenhauer


[creditofoto]
A obra de Schopenhauer se caracteriza pelo pessimismo
Consta que o grande escritor argentino Jorge Luís Borges começou a aprender alemão para poder ler a principal obra de Arthur Schopenhauer, "O Mundo como Vontade e Representação". O escritor afirmou que "se tivesse que escolher um livro de filosofia, escolheria esse livro. Creio que foi ele que deu, de algum modo, digamos, a cifra, a chave para entender o mundo".

Arthur Schopenhauer nasceu numa família abastada. Seu pai dedicava-se ao comércio e sua mãe era uma escritora conhecida. Aos nove anos foi à França para estudar a língua francesa e mais tarde viajou por vários países da Europa. Aos 17 anos, ingressou na faculdade de comércio de Hamburgo.

Trabalhou como aprendiz de comerciante em Dantzig, em 1803, e em Hamburgo, entre 1804 e 1805. Com a morte do pai, nesse mesmo ano, Arthur Schopenhauer recebeu uma herança e pode dedicar-se inteiramente a suas atividades intelectuais.

Em 1809, ingressou na Universidade de Gottingen para estudar medicina. Transferiu-se para a Universidade de Berlim em 1811 e, dois anos depois, publicou o tratado "Sobre a Quádrupla Raiz do Princípio de Razão Suficiente". Nesse mesmo ano doutorou-se pela Universidade de Jena.
Voltou então para a casa de sua mãe em Weimar, onde conheceu o poeta Wolfgang Goethe, de quem se tornou amigo. Mudou-se depois para Dresden, onde viveu até 1818.

Arthur Schopenhauer publicou "O Mundo como Vontade e Representação" em 1819, obra que se tornaria fundamental no campo da filosofia moral. Diz-se que o filósofo Friedrich Nietzsche encontrou o livro num sebo e não conseguiu interromper sua leitura até chegar à última linha.

Em 1820, já ensinando na Universidade de Berlim, Schopenhauer anunciou um curso que seria ministrado ao mesmo tempo em que o de um outro filósofo, G. W. F. Hegel. Com o afluxo de estudantes ao curso de Hegel, a palestra de Schopenhauer não atraiu mais do que quatro alunos, acirrando ainda mais a rivalidade entre ambos.

Em 1822, Schopenhauer viajou à Itália, onde permaneceu por três anos. Fez depois um curso com o filósofo Johann Gottlieb Fichte, na Universidade de Berlim, durante dois anos.

A obra de Arthur Schopenhauer aos poucos conquistou um público abrangente, não só de filósofos, mas também de artistas, escritores, intelectuais e pessoas comuns.

Uma epidemia de cólera, em 1831, levou Schopenhauer a Frankfurt. Em 1836, Schopenhauer escreveu "Sobre a Vontade na Natureza".
Reservado, Schopenhauer passou a viver em isolamento, preferindo a companhia dos cães à companhia dos homens. O filósofo morreu em 1860, em Frankfurt, de ataque cardíaco.

Por Ótavio Nº 31

Friedrich Nietzsche


Friedrich Nietzsche




Este genial pensador alemão nasceu em Röcken, a 15 de outubro de 1844, e tornou-se um dos mais importantes filósofos da Alemanha do século XIX. Friedrich Nietzsche nasceu no seio de uma família protestante – o pai e os dois avôs eram pastores -, ele cresceu praticamente direcionado para a mesma vocação. Entre as crianças, seu apelido era ‘o pequeno pastor’, pois era um aluno exemplar e obediente. Perdeu o pai logo cedo e foi criado pela mãe, duas tias e a avó. Com os colegas ele fundou uma sociedade artística e literária, graças à qual esboçou seus primeiros poemas e produziu suas primeiras melodias.
Ao se tornar adolescente, porém, sua vida mudou radicalmente de rumo. Seus estudos, principalmente os de filologia, o distanciaram da crença em Deus e de qualquer inclinação para as pesquisas teológicas. Ao ingressar na célebre Escola de Pforta, pela qual passaram, entre outros, o poeta Novalis e o filósofo Fichte, ele entrou em contato com os escritos de Schiller, Hölderlin e Byron, os quais marcaram definitivamente seu pensamento, levando-o na direção contrária ao Cristianismo. Suas leituras também incluíam os gregos Platão e Ésquilo. Os estudos filológicos – que englobavam não só a história das formas que povoam a literatura, mas também a pesquisa sobre os mecanismos pré-estabelecidos que regem a sociedade e os conhecimentos sobre a mentalidade vigente – foram definitivos para sua decisão de se afastar da teologia.
Os estudos filosóficos passaram a atraí-lo depois de se tornar leitor de Schopenhauer, principalmente de O Mundo como Vontade e Representação. O ceticismo deste filósofo o atrai irresistivelmente, bem como suas preocupações estéticas. Aos 25 anos ele se torna professor de Filologia na Universidade de Basiléia, assumindo assim a nacionalidade suíça. Pouco tempo antes ele tem um encontro definitivo para a constituição de sua obra, com Richard Wagner, cuja produção musical seduz Nietzsche. De agora em diante, a música e a tragédia grega, tema dileto deste artista, ocuparão os pensamentos e a elaboração intelectual do filósofo, culminando na publicação de O Nascimento da Tragédia no Espírito da Música.
Em 1870, Nietzsche tem a oportunidade de testemunhar, durante seu trabalho como enfermeiro voluntário na Guerra Franco-Prussiana, o impacto da dor e da violência sem limites provocada por este confronto bélico. Esta experiência também servirá de matéria-prima para sua criação intelectual. Nove anos depois, ele passa por outro período traumático, desta vez com sua saúde física, pois problemas em sua voz o obrigam a se distanciar do magistério. Inicia-se então uma busca incessante pela cura, o que o leva a se deslocar por vários pontos da Europa. No ano de 1882 ele conhece Paul Rée e sua futura amada, Lou Andreas-Salomé, a quem propõe casamento, pedido recusado por ela depois de alimentar algumas esperanças no coração do filósofo.
O filósofo passa a escrever incessantemente, lançando Assim Falou Zaratustra, em temporada passada na cidade de Nice. Esta fase tem fim com um novo problema de saúde, desta vez mental. Não se sabe se provocada por uma sífilis ou por um tumor cerebral, Nietzsche tem um surto de loucura, a partir de 1889, que o acompanha até sua morte. Durante este período ele fica sob a guarda da mãe e da irmã, que se aproveita de sua incapacidade intelectual e psíquica para distorcer seus textos a favor da causa nazista, sempre rejeitada por Nietzsche. Os escritos deste filósofo, ao longo desta perturbação, revelam uma identidade fragmentada, que ora assume características do mítico Dionísio, ora encarna a figura de Jesus, antes de se refugiar completamente no silêncio, quando então morre na cidade de Weimar, a 25 de agosto de 1900.


Por Jonajhan Nº 25


- Thomas Hobbes


Thomas Hobbes









Thomas Hobbes foi um pensador britânico que iniciou sua carreira acadêmica em algumas escolas de Westport, seguindo posteriormente seus estudos na Universidade  de Oxford. Inicialmente trabalhou como responsável pela educação de William Cavendish, filho de uma tradicional família inglesa. Nesse período, teve a oportunidade de entrar em contato com as obras clássicas, principalmente, nas temporadas em que esteve na França e na Itália. 

Após a viagem, percebeu que as teorias aristotélicas perdiam espaço para os princípios recentemente difundidos pelos cientistas Galileu Galilei e Johannes Kepler. Por isso, gastou um bom tempo revisando as obras de grandes figuras da cultura greco-romana. Foi a partir daí que Thomas Hobbes publicou, em 1629, uma tradução de “História da Guerra do Peloponeso”, do escritor ateniense Tucídides. Logo após essa primeira publicação, voltou a realizar viagens com outro aluno da família Cavendish. 

Nesse novo período de viagens, Hobbes encontrou-se com três proeminentes cientistas de sua época: Galileu, Descartes e Mersenne. Ao entrar em contato com as contribuições de cada um desses ilustres, a empolgação de Hobbes pelo racionalismo atingiu novos patamares. Inspirado pelos teoremas e princípios desenvolvidos pelas ciências danatureza, o pensador britânico começou a enxergar a razão como uma maneira infalível de se compreender o mundo. 

Tomando como referência algumas importantes descobertas da Física, iniciou a fabricação da obra "Uma Curta Abordagem a Respeito dos Primeiros Princípios". Logo em seguida se dedicou a uma coleção dividida em três partes: “De Corpore” que tratava da observação de fenômenos físicos à luz de conceitos de movimento; “De Homine”, obra em que reflete sobre os desejos e o processo de apreensão humano; e “De civie”, onde pensa sobre as instituições que organizam a sociedade.

Sendo contemporâneo das guerras civis que aconteceram durante a Revolução Inglesa, Hobbes teve maior interesse na reflexão política. No ano de 1650, publicou a obra “Os elementos da lei”, sendo essa dividida nas seções “Natureza Humana” e “Do Corpo Político”. No ano seguinte, Thomas Hobbes publicou “O Leviatã”, aquela que seria a maior de suas contribuições intelectuais. É com esse livro que temos consolidada a perspectiva contratualista da teoria política de Hobbes.

De acordo com suas teorias, os homens teriam uma necessidade natural de abandonar seu “estado de natureza”. Tal estado seria um tipo de ordem caótica onde “o homem é lobo do homem”, ou seja, onde a necessidade de sobrevivência seria predominante a qualquer tipo de ordenação maior. Para Hobbes, seria impossível definir quando os homens abandonaram o estado de natureza, pois esse fora experimentado em épocas bastante remotas.

Com o abandono do estado de natureza, os homens passariam a se perceber enquanto seres sociais e, por isso, teriam que delimitar regras de convivência harmoniosa. É a partir de então que aparece a idéia do “contrato”. Para Hobbes, o contrato teria origem na vontade dos homens em abdicar de algumas de suas vontades em favor da legitimação de uma autoridade real incumbida de buscar a ordem e a segurança nacional.

Dessa maneira, Hobbes compreende o Estado como um mal necessário para que a estabilidade entre os homens fosse alcançada. O poder de livre escolha seria entregue ao Estado que, em nome de um bem comum, utilizaria de suas várias instituições e ferramentas administrativas para sustentar a ordem. É mediante a enormidade de instrumentos de controle que o autor denomina o Estado como um leviatã, um conhecido monstro marinho da narrativa bíblica.

Passada a conturbação política inglesa com a restauração monárquica, Thomas Hobbes voltou para seu país de origem, em 1660, depois de ter sua obra desaprovada por algumas autoridades da época. No ano de 1666, Thomas Hobbes foi novamente incomodado pelas autoridades britânicas quando recaiam suspeitas de que “O Leviatã” teria inspiração ateísta. No fim da sua vida, dedicou-se a traduzir outras obras clássicas como “Ilíada” e “Odisséia”, ambas do poeta grego Homero.

Por Rainer Sousa
Mestre em História

Por Matheus nº 29



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quarta-feira, 13 de junho de 2012